Mamãe e o Pelelê estão na escola de inglês.
Ao final da aula, a professora do Pê me procura, com ar de preocupada:
_ Hoje eu fiz uma competição na escola, o Pedrinho perdeu e começou a chorar. Eu fui tentar consolá-lo e ele disse que você havia mentido para ele, comentou a professora.
Meio contrangida com a revelação da professora, fui procurar o Pelelê na escola.
_ Pê, tudo bem?
- Tudo.
- Você participou de uma competição hoje na aula?
- Não.
- Mas eu soube que houve uma competição, que você perdeu e começou a chorar...
- Não.
- Mas eu soube que você disse que eu tinha mentido para você. Por isso que você estava chorando.
- É verdade. E você mentiu sim!, resmunga o Pelelê. E continua:
- Lembra que quando a gente ia saindo de casa, tinha uma mudança? E você disse que quando a gente vê uma mudança, tem sorte, né? Pois eu perdi no jogo.
Sem ação, mamãe continua o caminho para casa calada.
Alguns minutos depois, o Pelelê retoma a conversa:
- Mamãe, quanto tempo depois que a pessoa vê uma mudança é que começa a sorte? Uma hora, três horas, um dia, um mês depois? Em quanto tempo a pessoa começa a ter sorte?
- Depende, Pê. Por exemplo. Na semana passada, quando você saiu da aula de inglês, pediu para eu comprar um lanche e mamãe estava sem dinheiro. Hoje, você pediu para eu comprar um lanche, e mamãe comprou duas pipocas para você. Está vendo, então você teve sorte por mamãe estar com dinheiro hoje!
Pelelê fica uns segundos pensativos e fala:
_Ah, então a sorte da pessoa só começa no meio da tarde!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário